terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

rec.

Todos os dias vejo-te passar e não tenho sequer uma gota de coragem para abrir um pequeno sorriso no canto da boca. Nem trocar um olhar. Meu corpo parece se enrijecer todo, e os meus movimentos se tornam mecânicos e muito difíceis de executar. Meu coração acelera. As mãos, que já costumam ser frias naturalmente, se tornam verdadeiros picolés. O chão é o único lugar onde meus olhos repousam. E, de repente, você já passou e eu me revolto por não ter feito nada. Quantas outras vezes terei de ver você passar sem fazer nada? Devo me contentar por poder pelo menos te ver? Quase um ano... isso é tempo demais, eu acho. E nem sequer um oi. Algumas vergonhas... algumas mancadas e algumas amigas que fazem de tudo para você me notar (nos piores momentos, claro).
Sinto que você é bem parecido comigo... seu jeito tímido, poucos amigos, bem calado, mas sorridente. Quem sabe um dia eu acorde disposta a fazer algo além de te contemplar... quem sabe.

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