sábado, 2 de junho de 2012
Cabô
Permitido chorar
Eu não quero, mas faço. Eu não vou, mas você me arrasta. A única coisa que desejo nessa vida é um pouco de liberdade. Não quero mais me sentir presa à você. Não quero você. Não mais.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Personagem principal
Todas as palavras ditas, todo o tempo gasto, as noites em claro e eu desorientada de novo. Eu te pedi para não me deixar. Por que você me virou as costas? Eu não te dei os motivos certos para confiar, não é?
A gente sempre sabe o que vai acontecer, só não quer acreditar. Afinal, sonhar é preciso.
Tudo o que escolhi pra mim, as promessas feitas, as vezes que saí para te encontrar agora parecem vagas lembranças de um dos poucos momentos que acreditei que a vida finalmente havia me presentado com o que sempre sonhei: amor.
Eu estou sempre mentindo, me iludindo. Enchendo de esperanças um coração que não aguenta mais decepção alguma.
Depois de tanto tempo ele resolveu bater de novo. Jurei que nunca mais encontraria amor maior que aquele sentido há muito tempo, quando a inocência ainda pairava sobre mim. Queria estar certa. Queria poder dizer que ele foi meu único amor e que nunca mais senti nada igual. Eu deveria ter me esforçado para não amar de novo. Mas você apareceu e balançou tudo.
Olhe para mim, eu estou falando com você. Eu te entreguei tudo o que restou de mim. Pedacinho por pedacinho. Por que me trata assim? Não vê que depositei toda a minha fé em você? Você fez renascer a chama, por favor, não a apague.
Apenas confie e deixe que eu te mostre a magnitude de uma troca de olhares, de um abraço apertado após longos minutos em silêncio.
Eu que sempre te amei em segredo agora sussurro em seu ouvido um único pedido: me deixe entrar.
É difícil acreditar em alguém além de você.
Um dos porquês de escrever
Alguns fingem que nada está acontecendo, outros pedem ajuda à família, amigos e até desconhecidos. Outros oram, meditam ou fazem rituais religiosos em busca da resolução dos problemas que surgem no dia-a-dia.
Eu aprendi a escrever sobre eles. Aprendi a desabafar nas folhas.
Quando penso sobre determinado problema geralmente encontro, no mínimo, três soluções para ele. Cada solução tem uma vantagem e desvantagem. Aí é preciso encontrar uma solução para cada desvantagem e assim o problema que deveria ter uma solução simples acaba virando uma bola de neve.
Escrevendo esse problema não acontece. Ao pensar nas soluções para algum problema, escrevo sobre apenas uma delas. Escolho a que melhor resolverá minha vida. Escrevendo sobre o problema e a solução dele, as letrinhas ficam na minha mente e assim fica mais fácil lembrar o que deve ou não ser feito.
Um problema, uma solução, poucas palavras e agilidade em por em prática o que foi escrito.
Então, se você tem algum problema e não sabe como resolvê-lo, tente passar para o papel o que te aflige. Às vezes uma caneta e folha são mais compreensivas que seu melhor amigo.
terça-feira, 6 de março de 2012
Todo dia uma nova luta, um novo motivo para desistir. Aquele desgosto de ter uma vida repleta de caos como a sua. O choro perdura a noite inteira, mas pela manhã é necessário colocar um sorriso no rosto e repetir incansavelmente a todos que está tudo bem. "Melhor impossível". Se eles ao menos soubessem o quanto você busca uma solução para os problemas que você, sozinho, criou. Se eles pudessem entender absolutamente tudo, e até mesmo pegar para si todas as suas dores. Mas não. Ninguém se importa com você. Todos já tem problemas demais para resolver, então por que eles iriam se preocupar com algo que não vai mudar em nada a vida deles? Na verdade pode até piorar. Ninguém quer mais uma cruz para carregar. Você sabe que ninguém está aí para te ajudar. Se você não se preocupar em levantar sozinho, você permanecerá embaixo e, pouco a pouco, sentirá que a morte já não parece ser assim tão assombrosa. Talvez a única solução seja a morte mesmo. Silenciosa... calma... sem pressa. Só a morte. Do jeito que só ela sabe ser.
Há necessidade?
É realmente importante ser assim ou você simplesmente o quer? É o necessário ou é a sua vontade? Estamos preparados para distinguir os dois? Sabemos o que é certo e errado? O que deve ser e o que pode ser? Será que as ideias não estão distorcidas? Será que não temos mais a noção do que é necessário e o que é opção? É isso mesmo que deve ser feito? E se pararmos para pensar apenas uns segundos a mais? Para que fazer tudo na pressa, na correria?
Há necessidade de chamar de amor? De ódio? De saudade? Há necessidade de ser meu? De ser dela? Dele? Há necessidade de sussurrar? E de gritar? De xingar? Será que tem? Há necessidade de mexer? De insistir? De deixar ir? De ver ir embora? Há necessidade de parecer melhor? De magoar? De mentir? E de falar a verdade, há necessidade? Há necessidade de sorrir? E de chorar? Há necessidade de existir?
sábado, 3 de março de 2012
"Eu imaginava o dia em que eu acordaria e sabia que não ia vê-la porque você estaria longe. Não ia vê-la, de jeito nenhum. E agora eu imagino o dia em que eu acordaria e talvez pudesse vê-la. Talvez. Desses dois dias, eu quero o segundo. E por que um passo contrário a você parece um passo na direção errada?" Waiting for Forever
sexta-feira, 2 de março de 2012
Pergunta
E o que mais faz a vida caminhar? A pergunta ou a resposta?
Teus cabelos, um abraço
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
rec.
Sinto que você é bem parecido comigo... seu jeito tímido, poucos amigos, bem calado, mas sorridente. Quem sabe um dia eu acorde disposta a fazer algo além de te contemplar... quem sabe.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Colecionando mais um final
Estou aprendendo, aos poucos, a me dar valor. A perceber que o mundo não se limita a duas ou três pessoas. Que existem objetivos, metas para serem cumpridas. Entendo, hoje, que eu tenho 15 anos e uma vida inteira para viver. Eu pensava já ter vivido tudo o que tinha de viver. Que drama, meu Deus!
Eu sou jovem. Jovem até demais. Apressei algumas coisas que não deveriam ter acontecido agora. Mas, graças a um bom banho e grandes amigos, saí de toda a confusão que estava e percebi: eu sou muito mais que isso. Caramba!
Dou-me o tempo que for preciso para ficar bem outra vez. Não me proíbo de sentir nada, nem falar nada, nem sonhar com nada. Eu canso fácil de tudo. Por isso fico tranquila sabendo que logo, logo vou cansar também de sentir o que não devo.
Eu tenho tudo o que preciso para viver bem. Depois de tanta bagunça eu ainda tenho bons motivos para sorrir. Ainda tenho meus grandes amores.
É claro que seria mais fácil começar do zero, sem nada que me lembrasse você, mas agora entendo que ter todas as lembranças ao meu lado tornam a caminhada mais longa, porém com uma recompensa bem maior.
O gosto da liberdade é tão bom. Eu finalmente tiro a venda que não me permitia enxergar a pureza da vida. O céu agora é mais bonito e as árvores são mais verdes. Tinha esquecido o quanto é bom não sentir. Não esperar nada de ninguém. Apenas aproveitar o máximo possível de tudo.
Um grande amigo me disse uma vez que eu ia chorar, tropeçar, cair e me ferrar. E ele estava certo. Ele me disse também que as coisas boas a vida não dá, a gente é que tem que correr atrás. Certíssimo! E é justamente por isso que hoje decidi parar de deixar a vida me dar dor e sofrimento e correr atrás da minha própria felicidade.
Hoje eu digo: Chega! Melancolia, romantismo, sofrimento, idealização da pessoa perfeita, a partir de hoje só quero saber de vocês nas aulas de português, quando estiver estudando o Romantismo.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Para a outra
1º - Cuide dele acima de tudo. Ele é frágil demais. Você deverá abrir mão de querer receber cuidados para simplesmente tomar conta dele.
2º - Ele é meio teimoso, então se quiser que as coisas fiquem bem, tente não discutir muito.
3º - Atente para sinais suspeitos. Ele nunca está bem, mas em alguns dias as coisas pioram e pensamentos ruins dominam a mente dele.
4º - Tente controlá-lo. A saúde dele não anda muito legal, então faça com que você seja o motivo dele se cuidar.
5º - Aceite o estilo (esse, pra mim, foi impossível conseguir).
6º - Ignore as mentiras. Nunca tente fazê-lo falar a verdade, pois você vai se frustrar muito.
7º - Ele é doce, meigo e muito fofo, mas quando está nervoso se torna assustador. Quando ele estiver assim, apenas beije-o.
8º - Só diga que o ama se for verdade. Ele não precisa de mais uma mentira como essa.
9º - Não espere que ele vá entender o que se passa com você, e nada de fazer drama por isso.
10º - E, por favor, faça dele uma pessoa melhor. Eu o perdi por não ter tido força o suficiente para estar ao lado dele quando ele mais precisou. Não cometa o mesmo erro.
Fechado para reforma
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
É, eu realmente não nasci para ser feliz. Agora eu não vivo... e, num futuro próximo, espero também não sentir. Nem viver nem sentir. Apenas existir. Talvez eu tenha nascido para isso. Tenho que parar de deixar o amor entrar. O que me conforta é saber que eu tenho forças para empurrar todos esses sentimentos para fora do meu coração. Torno-me cada dia mais racional, mais fria. Estou descobrindo como o mundo e as pessoas funcionam. Deixo de acreditar. Começo a mentir, enganar. Com o passar do tempo entendo que...
Decisões
Confundir: 1. Juntar de modo desordenado; baralhar, misturar. 2. Tomar uma coisa por outra; não distinguir. 3. Embaraçar, envergonhar, humilhar, vexar. 4. Não distinguir; misturar. 5. Equivocar-se, perturbar-se. 6. Misturar-se.
Confusão: 1. Ato ou efeito de confundir(-se). 2. Perplexidade. 3. Tumulto, barulho, rolo. 4. Falta de ordem, de método. 5. Perturbação, perplexidade, enleio.
Confuso: 1. Desordenado, misturado. 2. Obscuro, que mal se distingue. 3. Perturbado, perplexo. 4. Envergonhado.
Às vezes, pensamos muito antes de tomar alguma decisão, outras vezes fazemos por impulso. Algumas decisões, depois de um tempo, se mostram totalmente certas, outras nem tanto. Às vezes, pensar muito não é o suficiente. Mesmo sabendo dos resultados, das consequências, depois de ouvir dezenas de pessoas lhe instruindo para fazer o certo, insistimos em fazer o que queremos, só para "ver o resultado". Bolamos, em nossas cabeças, estratégias, jogos, caminhos para conseguirmos sair intactos das ações, por vezes ruins, que fazemos. Erramos nas escolhas. Pensamos, tentamos desembolar nossos sentimentos, achamos que optamos pelo certo, mas a verdade se revela rapidamente e sem pena nenhuma. Erramos. Chega o desespero, a vontade de voltar atrás, de deixar tudo como estava. Já não é mais possível. A decisão só pode ser tomada uma vez. Daí então nos vemos perdidos, confusos, desnorteados. Nosso caminho foi apagado e não há nenhum lugar para retornar. Contentar-se com a decisão tomada e seguir em frente da forma em que estamos ou insistir até conseguir o que se quer, correndo o risco de errar mais ainda?
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
A felicidade no outro
Namoro virtual
Já conheci, conheço e vivi a experiência de ter um "namoro virtual". A palavra "virtual" sempre parece deixar as coisas mais frias, menos intensas e até mesmo falsas.
A ideia que as pessoas geralmente tem de relacionamentos virtuais é como se a vida fosse separada entre o real e a fantasia. Não existe vida real e vida virtual. É tudo vida, apenas. Relacionamentos virtuais são como qualquer outro relacionamento, só que sem a presença física. Aí você pensa "mas namoro sem uns amassos não é namoro". Bom, eu acredito que isso não seja verdade. Enquanto houver amor, respeito, confiança e intimidade, é namoro, sim. É difícil entender, eu sei. Mas o que podemos fazer se o amor da nossa vida mora a quilômetros e quilômetros de distância de nós? Temos que deixá-lo partir por um detalhe tão pequeno quanto esse?
Para se manter um relacionamento assim é preciso muito mais amor, pois não ter quem se ama ao nosso lado -literalmente-, dói. É cansativo, é estressante, exige muito mais confiança, mas é um sacrifício que fazemos pelo verdadeiro amor.
É claro que nem todas as pessoas suportam a distância, e é por isso que é difícil (mas não impossível) encontrar um casal com anos de namoro virtual.
O amor, a troca de segredos, a palavra doce, o "eu te amo" são os mesmos. Talvez um pouco menos tradicionais, mas continuam sendo tão intensos e verdadeiros quanto todos os outros.
Não é coisa de "nerd", nem de gente sem vida social. Não são excluídos da sociedade, muito menos uma aberração. São pessoas comuns, com vidas comuns, que apostaram no amor à distância.