sexta-feira, 10 de junho de 2011

Se a solidão tivesse cor
Essa seria toda preta
Mas quando te vejo
Todo vestido de solidão
Penso que não sejas assim
Não mereces tamanha tortura
Tal desgraça pertence a mim
Só eu a suporto e a tenho
Mas quando seu olhar cruza o meu
Um contentamento e palpitação
Dominam todo meu coração
E assim, toda desconcertada,
Sigo vivendo e sonhando
Em busca de menos solidão

Poeminha pra todos aqueles que vestem ou amam alguma solidão

Melancolia extraviada

Hoje, nesse exato momento, tento estar em um ponto de equilíbrio entre o bem e o mal. Estou no meio, no meu estado mais puro e simples. Mas o que eu quero ainda não consegui: a transcendência, o estado de graça maior. O alcançarei? Ah, quem me dera saber! O busco? Com todas as forças! Tenho esse objetivo. Talvez o único... talvez eu ainda viva só por ele. Transcender é ir além, superar limites. Vivo num estado de constante deprimência. Um dia bem, outro fatal... e assim sigo respirando. Sou vítima dos meus pensamentos. Pensamentos esses que me sufocam o tempo inteiro. Mas, mesmo assim, continuo buscando a minha evolução, que dificilmente será notada por outras pessoas, mas isso pouco importa. A única coisa que importa agora sou eu. Chega de me preocupar com gente que nunca se preocupou comigo. Chega.

Melancolia acentuada

Por que eu insisto em buscar a felicidade? Por que luto tanto por algo ou alguém que eu nunca vou ter? Tenho que aceitar minha condição. Nasci pra ser infeliz. Isso foi imposto à mim e eu não posso mudar esse destino. Procurar a felicidade em becos, coturnos, poesia, amor, natureza ou qualquer outra coisa existente na Terra é perda de tempo. Não há o que procurar. Não existe nada pra mim. No final das contas o que eu vou ganhar é a morte. Às vezes a minha única vontade é esperá-la chegar dormindo numa cama. Que demore anos, décadas, séculos. Que demore o tempo que quiser, mas que chegue trazendo minha recompensa: a paz. É o que desejo. Continuo vivendo, mas sei que tudo isso é em vão.

Sozinha não conheço mais a dor

Posso dizer hoje que sei o que é bom pra mim. Posso dizer que aprendi a ser quem eu quero ser e não quem eu deveria ser, baseando-me nos conceitos de gente que não me conhece e não sabe como minha mente funciona. Eu sei o que mantém viva, sonhando e pensando num futuro próximo. Eu não morri. Permaneço mais viva do que nunca. Ainda tenho pensamentos confusos e obscuros, mas eles se tornaram menos frequentes... o universo finalmente conspira ao meu favor. Tudo que senti permanece intacto na minha memória, mas já não habita mais a minha rotina. Foram ótimos dias, mas creio que melhores virão. Eu posso sentir o amor de novo. Doce e inocente amor pela vida, pelo céu, pelo mar (lago Paranoá), por tudo que me cerca. Eu posso ver que a vida vale mais, que a vida vai muito além do mundinho que eu idealizei há tempos atrás. As coisas não funcionam do jeito que eu quero, mas sim do jeito que têm que ser. Ainda não me acostumei com todas as mudanças, mas sei que são boas pro meu espírito, corpo e mente. E isso é só o começo.