quinta-feira, 25 de agosto de 2011

04/05/11

Quero que digam
Quando eu morrer -brevemente-
Que amei, mais do que devia
Que chorei, chorei rios de lágrimas
Que fui uma desgraçada

Quero que digam
Que a minha mocidade foi infeliz
Não levarei dela uma lembrança
Para os altos céus

Não quero que digam nada mais
Nada além
Quero a tragédia exaltada

Quando eu morrer -brevemente-
Quero o luto, o ódio
Não quero amor, compaixão
Nem sequer piedade
Quero apenas tragédia,
melancolia, solidão

Quando eu morrer -brevemente-
Compartilharei o melhor do mundo:
A dor.
É o que quero,
quero intensamente

Nenhum comentário:

Postar um comentário