terça-feira, 22 de março de 2011

Cidade


Andando pelas ruas pode-se notar que as pessoas não sorriem, não demonstram sequer prazer em viver ou satisfação pela vida que levam. Estão sempre com pressa, correndo, sérias. Os carros sempre estão com os vidros fechados, mesmo com um calor infernal. Pra que isso? Medo de ver o mundo? De sair de seus casulos e enxergar um pouquinho mais além?
As casas tem os muros altíssimos e não tem grades, janelas, fendas ou aberturas. Tudo isso é medo de ser assaltado. Mas qual a graça de possuir e não aproveitar? Qual a graça de ter vida e não vivê-la? Ninguém está contente com a sua própria vida. Sempre querem mais... mais dinheiro, mais conforto, mais espaço, mais fama, luxo... E os sentimentos, onde ficam? Guardados no bolso, junto com as moedinhas de 10 centavos. A convivência com outras pessoas só acontece quando uma delas quer algo em troca. Ninguém mais pensa. O pior é que eu não sei se as pessoas sempre foram assim, ou se isso é algo novo na humanidade.
Liberdade. Andar descalço. Cantar alto na rua. Acenar pra uma pessoa que não conhece. Sorrir. Sem muros altos. Mais árvores. Menos carros. É o que todos nós queremos lá no fundo. Fazê-lo? Não... o comodismo já tomou conta.

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